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ROTEIRO CARTA DO CAMINHO.jpg

MÚSICA INICIAL

 

(TERMINADA A MÚSICA COMEÇA A NARRAÇÃO EM OFF DE UM TRECHO DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA. A MÚSICA CONTINUA APENAS INSTRUMENTAL)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF) Senhor:

Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que – para o bem contar e falar – o saiba pior que todos fazer.

 

(DURANTE A MÚSICA E A NARRAÇÃO TODOS QUE PARTICIPARÃO DA APRESENTAÇÃO VÃO PASSAR PELA CENA. EM FILA E EM SILÊNCIO. TERMINADA A NARRAÇÃO, O ÚLTIMO A ENTRAR É O CARTEIRO JOSÉ – ELE ENTRA COM UMA CARTA NA MÃO)

 

CARTEIRO: Menino.... mas não é que acharam uma nova terra? Acharam... Descobriram... Ou ela sempre esteve por aí? Diz até que estava cheia de gente: (IMITANDO SOTAQUE PROTUGUÊS) “Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas.” (NORMAL) Pra dizer a verdade, ninguém se importou muito com os habitantes dessa tal terra achada. Pensando melhor... até hoje os primeiros habitantes dessa terra estão meio esquecidos. Uma terra engraçada... que tem um povo todo misturado... com várias cores... culturas...  saberes. Uma terra  que teve um monte de nomes até que passou a se chamar Brasil! Por causa de brasa... de Pau Brasil... Primeiro não sabiam se escrevia com “z” ou com “s”. Até que alguém decidiu que tinha que ser com “s”. Por causa da tal “brasa”. Mas isso é outra história...  Ah... esqueci de me apresentar: eu sou o carteiro José! Mas pode me chamar de Zé mesmo! (MOSTRA A CARTA) Essa carta é a primeira carta dessa “terra dos homens pardos”! Pelo menos a primeira que se tem notícia. E o camarada que mandou chama Pero... Pero Vaz de Caminha. Ele mandou para o Manuel que era Rei! Ah... mas eu esqueci de dizer também uma coisa muito importante: eu sou um carteiro diferente! Eu viajo no tempo, eu mudo e “desmudo”! Eu transformo!! Essa carta aqui está endereçada para esse tal Manuel que é rei! Mas eu vou mandar para outro... um Manuel poeta... um Manoel modernista.. os tais homens pardos, em festa, agradecem...

 

1 – MANUEL BANDEIRA

CARTA MODERNISTA

(OFICINA DANÇA CABOCLINHOS)

 

(DURANTE A FALA DO CARTEIRO OS COMPONENTES DA OFICINA MANUEL BANDEIRA ENTRAM E SE POSICIONAM. O CARTEIRO SAI DE CENA - OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO ENTRA A NARRAÇÃO EM OFF E OS COMPONENTES SAEM DE CENA)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Vou-me embora pra Pasárgada

                                             Lá sou amigo do rei

                                             Lá tenho a mulher que eu quero

                                             Na cama que escolherei

                                             Vou-me embora pra Pasárgada

 

(ENTRA O CARTEIRO JOSÉ COM OUTRA CARTA NA MÃO)

 

CARTEIRO: Eu vou contar uma coisa para vocês: é assim que começa uma CORRESPONDÊNCIA! Um manda uma carta para alguém... que se anima e manda outra carta de volta... ou manda para outro... que manda para outro e para outro. A mensagem que o Manuel recebeu mexeu com ele e o poeta mandou uma CARTA MODERNISTA para outra PESSOA... também poeta, só que lá de Portugal.  E são assim as cartas... tomam seus destinos...  os seus caminhos... São as CARTAS DO CAMINHO! O Fernando que recebeu a carta... o poeta.... estava pensando em amor.

 

(COMEÇA A NARRAÇÃO)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Todas as cartas de amor são

                                             Ridículas.

                                             Não seriam cartas de amor se não fossem

                                             Ridículas.

 

                                            As cartas de amor, se há amor,

                                            Tem de ser

                                            Ridículas.

 

2 – FERNANDO PESSOA

CARTA DE AMOR

(OFICINA LITERATURA)

 

(NA NARRAÇÃO O CARTEIRO SAI E OS COMPONENTES DA OFICINA FERNANDO PESSOA ENTRAM E SE POSICIONAM E REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO ENTRA A NARRAÇÃO EM OFF E OS COMPONENTES SAEM)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF)   A verdade é que hoje

                                            As minhas memórias

                                            Dessas cartas de amor

                                            É que são

                                            Ridículas.

 

(ENTRA O CARTEIRO JOSÉ LENDO A CARTA AMOR)

 

CARTEIRO: “Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas”... Bonito! (OUTRO TOM) Mas eu tenho que continuar o meu trabalho! O pessoal está animado! Estão escrevendo um monte de cartas:  o Fernando mandou essa CARTA AMOR para outro poeta... (OUTRO TOM) Ele deixou eu ler... não se preocupem, não! Eles sempre me deixam ler. Não falei que eu sou um carteiro diferente? (TOM NORMAL) O Fernando mandou a carta para um poeta que brinca com as palavras... um poeta chamado Mario que faz poesias com palavras-brinquedo!

 

(NA NARRAÇÃO O CARTEIRO SAI. OS COMPONENTES DA OFICINA MARIO QUINTANA ENTRAM E SE POSICIONAM. TERMINADA A NARRAÇÃO OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA ENTREMEADA POR NARRAÇÕES COM TEXTOS DO POETA.)

 

3 – MARIO QUINTANA

CARTA BRINQUEDO

(OFICINA BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Entre o olhar respeitoso da tia

                                             E o olhar confiante do cão

                                             O menino inventava a poesia...

                                             Em meio da ossaria

                                             Uma caveira piscava-me...

                                             Havia um vaga-lume dentro dela

..........................................................

O luar,

é a luz do Sol que está sonhando

                                               ..............................................................................

O tempo não pára!

A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

................................................................................
Coração que bate-bate...

Antes deixes de bater!

Só num relógio é que as horas

Vão passando sem sofrer.

.................................................................................

O relógio vai bater:

As molas rangem sem fim.

O retrato na parede

Fica olhando para mim.

...............................................................................

Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

(TERMINADA A ENCENAÇÃO OS COMPONENTES SAEM BRINCANDO DURANTE A NARRAÇÃO DO CARTEIRO)

CARTEIRO: (EM OFF) A CARTA BRINQUEDO de Mario atravessou o tempo e foi enviada para outra pessoa... um senhor muito sério de nome Joaquim Maria... Que na verdade era um bruxo! O bruxo do Cosme Velho! E esse bruxo fez uma nova carta, mas uma carta diferente... uma carta que a gente lê nas ruas.. que está escrita nos muros, nas casas e a gente vê até hoje... E o bruxo escreveu assim:

(OUTRA VOZ) “Lá vai ele agora, pela rua de Bragança, Prainha e Saúde, até ao princípio da Gamboa, onde mora Genoveva. A casa é uma rotulazinha escura, portal rachado do sol, passando o Cemitério dos Inglêses; lá deve estar Genoveva, debruçada à janela, esperando por ele.”

 

(NA NARRAÇÃO DA CARTA, OS COMPONENTES DA OFICINA MACHADO DE ASSIS ENTRAM E SE POSICIONAM. TERMINADA A NARRAÇÃO OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA.)

 

4 – MACHADO DE ASSIS

CARTA DAS RUAS

(OFICINA PLÁSTICA)

 

(TERMINADA A ENCENAÇÃO ENTRA A NARRAÇÃO EM OFF E OS COMPONENTES SAEM)

 

CARTEIRO: (EM OFF) E as cartas continuam no seu caminho. O bruxo Joaquim mandou sua CARTA DAS RUAS para outra pessoa. E a carta atravessou novamente o tempo e chegou nas mãos de um poeta... o Antonio, que era conhecido pelo nome de Patativa. E o Patativa inventou uma carta diferente... uma carta com a cultura de seu povo... uma CARTA POPULAR!

 

(ENTRA A NARRAÇÃO. DURANTE A NARRAÇÃO OS COMPONENTES DA OFICINA PATATIVA DO ASSARÉ ENTRAM E SE POSICIONAM.)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Seu  doutor me dê licença pra minha história contar.

                                             Hoje eu tô na terra estranha,  é bem triste o meu penar

                                             Mas já fui muito feliz vivendo no meu lugar.

                                             Eu tinha cavalo bom  e  gostava de campear.

                                             E todo dia aboiava na porteira do curral.

5 – PATATIVA DO ASSARÉ

CARTA CULTURA POPULAR

(OFICINA MÚSICA)

(TERMINADA A NARRAÇÃO OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO OS COMPONENTES SAEM CANTANDO – ENTRA O CARTEIRO JOSÉ SEGURANDO UMA CARTA – PELO OUTRO LADO DO PALCO ENTRA UM PALHAÇO QUE OBSERVA A FALA DO CARTEIRO)

CARTEIRO: E não é que o Patativa entrou na brincadeira? Resolveu mandar sua CARTA POPULAR para D. Silvia e continuar a correspondência...

(O CARTEIRO MOSTRA A CARTA – O PALHAÇO CORRE E PEGA A CARTA)

PALHAÇO: Opa! Essa é pra mim!

CARTEIRO: (ASSUSTADO) O que é isso! A senhora é D. Silvia?

PALHAÇO: Não mas eu tenho uma carta que ela vai mandar !

(ABRE A CARTA CIRCO QUE ESTÁ COM ELE E LÊ - NA LEITURA DA CARTA O CARTIERO SAI E OS COMPONENTES DA OFICINA SILVIA ORTHOFF ENTRAM E SE POSICIONAM.)

PALHAÇO: (LENDO) Tato é um pintor que só pinta palhaço. Tato é careca, tem olhos azuis, tão azuis que parecem pintados por Tato, o pintor que só pinta palhaços.

Um dia, Tato pintou um palhaço vestido de. vermelho. Tinha peruca vermelha, calça vermelha, sapato vermelho. O nome do palhaço vestido de vermelho? Era Minduim.

Tato pintou Minduim, fez uma boca enorme em Minduim, uma boca que ria. De repente, a boca falou:

- Oi! Eu sou Minduim! (ANUNCIANDO) Respeitável público, este circo é de vocês.

(OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA.)

6 – SILVIA ORTHOFF

CARTA CIRCO

(OFICINA DE CIRCO)

(TERMINADA A ENCENAÇÃO OS COMPONENTES SAEM COM UMA MÚSICA DE CIRCO – ENTRA O CARTEIRO JOSÉ SEGURANDO A CARTA CIRCO)

CARTEIRO: Uma CARTA CIRCO! Alguém podia imaginar coisa mais bonita? Só a D. Silvia mesmo! E ela está enviando essa carta para D. Marina! Que é cheia de encantos... de fadas... cheia de idéias!

(UMA MUSICA SUAVE COMEÇA A TOCAR. O CARTEIRO SAI E OS COMPONENTES DA OFICINA MARINA COLASSANTI ENTRAM E SE POSICIONAM. UMA VOZ FEMININA NARRA. OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA)

7 – MARINA COLASSANTI

CARTA DE ENCANTAMENTO

(OFICINA BONECOS)

NARRAÇÃO: (EM OFF) A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade. Coçou de leve o pavilhão, depois afundou no orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da chave em beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira.

Até que, traque, ouviu o leve estalo e, a chave enfim no seu encaixe, percebeu que a cabeça lentamente se abria.

(TERMINADA A ENCENAÇÃO COMEÇA A NARRAÇÃO DO CARTEIRO. OS COMPONENTES SAEM AINDA COM A MÚSICA)

CARTEIRO: (EM OFF) Deixe-me ver para quem a Marina mandou essa CARTA ENCANTAMENTO.... Ela está endereçada para.... Clarice! Clarice que fala da gente sem nos conhecer... cheia de mistérios... de idéias profundas... Clarice que escreve diários de vida!

(COMEÇA A NARRAÇÃO DO TEXTO - O CARTEIRO SAI – OS COMPONENTES DA OFICINA CLARICE LISPECTOR ENTRAM E SE POSICIONAM. UMA VOZ FEMININA NARRA)

NARRAÇÃO: (EM OFF) Só esta expressão rosas silvestres já me faz aspirar o ar como se o mundo fosse uma rosa crua. Tenho uma grande amiga que me manda de quando em quando rosas silvestres. E o perfume delas, meu Deus, me dá ânimo para respirar e viver.

8 – CLARICE LISPECTOR

CARTA DIÁRIO

(OFICINA AMBIENTAÇÃO SONORA – SONOPLASTIA)

(OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO O CARTEIRO VOLTA CHEIO DE CARTAS. OS COMPONENTES DA OFICINA CLARICE LISPECTOR SAEM NA FALA DO CARTEIRO. AINDA DURANTE A FALA DO CARTEIRO, ENTRAM OS COMPONENTES DA OFICINA ADELIA PRADO E SE POSICIONAM)

CARTEIRO: (SEM JEITO COM AS CARTAS) E a correspondência continua... Ela não pode parar. Isso é que nos move – a possibilidade de dialogar: Clarice mandou sua CARTA DIÁRIO (MOSTRA) para Adélia. Adélia mandou para Cecília que enviou uma carta para Bartolomeu. A de Adélia é uma CARTA DANÇA (MOSTRA)... a de Cecília é uma CARTA POLÍTICA (MOSTRA). Cartas que parecem diferentes, mas que se completam.... Deixa eu entregar isso, minha gente! (SAI)

9 – ADELIA PRADO

CARTA DANÇA

(OFICINA DANÇA)

 

(OS COMPONENTES DA OFICINA REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO COMEÇA A NARRAÇÃO DO TEXTO. OS COMPONENTES DA OFICINA ADELIA PRADO SAEM E ENTRAM OS COMPONENTES DA OFICINA CECÍLIA MEIRELES)

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Minha mãe achava estudo

                                             a coisa mais fina do mundo.

                                            Não é.

                                            A coisa mais fina do mundo é o sentimento

10 – CECÍLIA MEIRELES

CARTA POLÍTICA 

(OFICINA CRIAÇÃO VERBAL)

(TERMINADA A NARRAÇÃO, OS COMPONENTES DA OFICINA CECÍLIA MEIRELES REALIZAM A SUA CENA. TERMINADA A ENCENAÇÃO OS COMPONENTES DA OFICINA CECÍLIA MEIRELES SAEM DURANTE A NARRAÇÃO)

NARRAÇÃO: (EM OFF)   Eles te virão oferecer o ouro da Terra.

                                             E tu dirás que não.

                                             A beleza.

                                             E tu dirás que não. O amor.

                                             E tu dirás que não, para sempre.

                                             Eles te oferecerão o ouro d'além da Terra.

                                             E tu dirás sempre o mesmo.

                                             Porque tens o segredo de tudo.

                                             E sabes que o único bem é o teu.

(TERMINADA A NARRAÇÃO ENTRA OUTRA NARRAÇÃO DO CARTEIRO JOSÉ).

CARTEIRO: (EM OFF) Cartas que se completam... harmonizam-se:  carta modernista... de amor... de brinquedo... carta mural...  carta circo... carta de tudo que é jeito! Escrita por Manuel, por Adélia, por Joaquim, por Antonio e por quem tiver vontade... Cecília enviou uma carta para Bartolomeu – uma carta política. E o Bartolomeu juntou todas as cartas, todas as palavras, todos os sentimentos numa só carta. Uma carta que fala de todas as outras... que fala da gente... uma CARTA MAIOR!

(DURANTE A NARRAÇÃO ENTRA UM GRUPO COM ROUPAS BRANCAS E CARREGANDO GRANDES FAIXAS. POSICIONA SE NA FRENTE DO PALCO. TERMINADA A NARRAÇÃO COMEÇA UMA COREOGRAFIA. EM SEGUIDA, ENTRAM ALGUNS COMPONENTES QUE PARTICIPARAM DAS OUTRAS CENAS DO ESPETÁCULO E SE POSICIONAM NO FUNDO. CARREGAM PLACAS BRANCAS - PODEM SER CARTOLINAS DE VÁRIOS TAMANHOS – COMO GRANDES ENVELOPES DE CARTAS. TEXTOS E OS NOMES DOS AUTORES USADOS NA APRESENTAÇÃO SÃO PROJETOS NESSAS PLACAS, ROUPAS E FAIXAS BRANCAS – UMA MÚSICA DEVE ACOMPANHAR TODA A COREOGRAFIA)

 

 

FINAL:  BARTOLOMEU CAMPOS QUEIROS

CARTA MAIOR

(OFICINA CORPO / DANÇA)

 

NARRAÇÃO: (EM OFF) Um dia todos nós vamos receber uma carta. Ela chegará como um sonho nos acordando para nossos Direitos e Deveres. Todas as palavras serão conhecidas. Será uma carta clara como os nossos desejos. Passaremos a morar em um país correspondido.

...........................................................................

Agora muitas palavras moram acordadas em nosso sonho.

É tempo de escolher quem saiba somar nossas palavras em uma grande carta.Carta Maior feita de pequenas cartas.

E que sejamos atentos, para não ficar uma só palavra esquecida.

Assim, as palavras vão sair do nosso sonho para

viver entre nós – sempre.

FIM

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