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HISTÓRIAS DE ÁGUAS CLARAS.jpg

CENÁRIO: Panos coloridos em tons de azul e verde representando os rios, lagoas e lagos do Brasil

 

OS ATORES E MÚSICOS ENTRAM EM CENA CANTANDO E REALIZAM UMA COREOGRAFIA.

 

MÚSICA: A ÁGUA

 

TODOS: Nas águas claras

Vou navegar

Nas águas claras

Vou navegar

 

A maré sobe, a maré desce...

Vou na dança da maré.

A maré sobe, a maré desce...

Vou na dança da maré.

 

Sou água que leva a barca

Nas viagens da criação.

Sou água que lava a roupa

Na toada da canção.

                       

Sou água de peixe grande

Na puxada do arrastão.

Sou água de todo encanto!

Sou a morada da paixão!

A maré sobe, a maré desce...

Vou na dança da maré.

A maré sobe, a maré desce...

Vou na dança da maré.

Nas águas claras

Vou navegar

Nas águas claras

Vou navegar

 

(A MÚSICA PARA. OS ATORES E A ATRIZ 1 SAEM. OS MÚSICOS SE POSICIONAM E A ATRIZ 2 COMEÇA SEU TEXTO)

 

ATOR 2: Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Vai começar a nossa corrente de histórias. Vamos seguir por essas águas claras pra descobrir como elas são importantes para a vida. Os mares, os lagos, os rios são a essência da vida! E vamos começar contando a história mágica da origem de um dos maiores rios do mundo: o rio Amazonas!

 

ORIGEM DO RIO AMAZONAS

 

Há muitos e muitos anos... a Lua (ATRIZ 1 ENTRA COM UMA GRANDE MÁSCARA DE LUA) e o Sol (ATOR 1 ENTRA COM UMA GRANDE MÁSCARA DE SOL) se viram pela primeira vez. Surgiram faíscas nos olhos... E ficaram apaixonados...

 

(TODOS CANTAM E REALIZAM UMA COREOGRAFIA)

 

MÚSICA: QUERO SEMPRE ESTAR AO SEU LADO

 

TODOS: A paixão é assim

               Um sonho. Um bom bocado.

               Um riso. Um beijo roubado.

               Quero sempre estar ao seu lado.

                A paixão é assim.

                Um jardim. Um campo iluminado.

                Uma vida. Caminho perfumado.

                Quero sempre estar ao seu lado.

(A MÚSICA PARA. O SOL E A LUA SAEM. ATOR 2 CONTINUA A HISTÓRIA)

ATOR 2: Os dois se apaixonaram. O Sol ficou encantado pela beleza da Lua e queria iluminá-la de paixão. A Lua ficou sonhando com o calor do Sol e chorava baixinho querendo se aproximar do seu amado. Era um amor bonito que dava gosto de ver. Mas eles se amavam a distância. O Sol queria muito se aproximar do seu amor.

(O SOL ENTRA. A ATRIZ 2 SAI.)

SOL: Tenho que encontrar um jeito... Um meio de estar perto da minha amada. Mas como? Como? (PERCURSSÃO DE IDÉIA) Já sei! (CHAMANDO) Passarinhos! Passarinhos! Venham me ajudar! Passarinhos! Passarinhos! Tenho uma missão para vocês!

(OS MÚSICOS TOCAM UMA VINHETA INSTRUMENTAL. O ATOR 2 ENTRA COM UMA ARMAÇÃO QUE REPRESENTA OS PASSARINHOS)

SOL: Passarinhos me ajudem! Tenho uma missão para vocês! Quero que peçam a Lua em casamento. Quero me casar com meu grande amor!

(O SOL SAI - A MÚSICA COMEÇA – OS MÚSICOS E AO ATOR 2 CANTAM. O ATOR 2 SE MOVIMENTA FAZENDO UMA COREOGRAFIA – A LUA TAMBÉM APARECE E DANÇA COM OS PASSARINHOS)

MÚSICA: UM PEDIDO

JUNTOS: Lua! Lua, vem depressa!

Olha o que tenho pra contar:

O sol está apaixonado!

E quer contigo casar!

É uma paixão muito linda.

Um amor que não vai acabar.

Suspiros, carinhos e canções.

Vocês têm que se casar!

Lua! Lua, vem depressa!

Olha o que tenho pra contar:

O sol está apaixonado!

E quer contigo casar!

Então Lua o que me diz?

Você precisa nos contar.

Aceita esse lindo pedido?

Aceita com o sol se casar?

(A MÚSICA PARA – A LUA ESTÁ NO CENTRO DO PALCO)

LUA: Sim! Eu aceito! Vamos nos casar!

(A LUA E OS PASSARINHOS SAEM. A ATOR 2 VOLTA E CONTINUA A NARRAÇÃO)

ATOR 2: A Lua ficou cheia de alegria. O casamento foi marcado e o céu se enfeitou. As estrelas brilharam ainda mais e as nuvens criaram desenhos no firmamento. Seria uma festança que duraria um ano inteiro. E os noivos ficaram ansiosos esperando o grande dia!

(A MUSICA COMEÇA – ENTRAM A LUA E O SOL CADA UM DE LADO DO PALCO)

MÚSICA: ILUMINADA

TODOS: Iluminada, sim iluminada!

Assim é essa paixão!

A fonte de uma vida!

A vida em uma canção!

 

Os dois lado a lado

Uma bela união.

Um sonho açucarado.

O sonho de uma paixão!

Iluminada, sim iluminada!

Assim é essa paixão!

A fonte de uma vida!

A vida em uma canção!

(A LUA E O SOL SE APROXIMAM – A MÚSICA PARA)

ATOR 2: Um amor lindo! Estava tudo muito bem! Estava tudo muito bom! Mas tinha um problema: o mar não gostou nada dessa história. Revoltado avisou aos noivos:

 

(O ATOR 2 MOVIMENTANDO UM ADEREÇO QUE REPRESENTA UM MAR REVOLTO. OS MÚSICOS TOCAM UMA PERCUSSÃO)

 

MAR: O casamento de vocês não pode acontecer! Esse encontro vai destruir o mundo. O amor ardente do Sol vai queimar tudo e a Lua com as suas lágrimas inundaria toda a Terra. Por isso não podem se casar. A Lua apagaria o fogo e o Sol evaporaria a água. Esse casamento não pode acontecer! Não pode acontecer de jeito nenhum!

 

(O MAR SAI. ATOR 2 VOLTA – O SOL E A LUA ENCENAÇÃO O QUE É DITO NO TEXTO)

 

ATOR 2: A Lua não se importou com isso. Queria casar de qualquer jeito. Estava completamente apaixonada. Mas o Sol ficou com medo. Amava muito a Lua, mas não queria destruir o mundo. Separaram-se, então, a Lua para um lado e o Sol para o outro. Quando a Lua começava a aparecer no céu, o Sol ia embora. A Lua ainda tentou convencer o Sol. Mas não deu jeito. E ela tenta até hoje. E é por isso que, de vez em quando, a Lua e o Sol ficam juntos no céu. Mas aí tudo escurece e o Sol foge de sua amada.

 

(O SOL SAI – EM CENA SÓ A LUA E A ATRIZ 2 – MUSICA INSTRUMENTAL)

 

ATOR 2: Na primeira vez que eles se separaram, a Lua chorou todo o dia e toda a noite. Um choro triste e sofrido. Um choro de amor perdido. E aconteceu uma coisa fantástica: (ENTRAM OS ATORES MANIPULANDO UM GRANDE TECIDO QUE REPRESENTA O RIO) As lágrimas correram por cima da Terra até o mar. Mas o mar que estava zangado com a Lua não deixou que as lágrimas se misturassem com as suas águas. E o mar ainda tenta acabar com as lágrimas da lua com um estrondo forte que os índios chamam de pororoca.

 

(OS ATORES REALIZAM UMA MOVIMENTAÇÃO VIGOROSA COM O ADEREÇO – A MÚSICA PARA – OS ATORES E A LUA SAEM)

 

ATOR 2: As lágrimas da Lua é que deram origem ao nosso grande rio Amazonas. E acabou a história.

 

(A MÚSICA COMEÇA. TODOS VOLTAM PARA A CENA E CANTAM)

 

MÚSICA: A MARÉ ENCHEU(POPULAR)

 

TODOS:  A maré encheu.

                A maré vazou.

                Os cabelos da morena

                O riacho carregou...

                A maré encheu.

                A maré vazou.

                Os cabelos da morena

                O riacho carregou...

(A MÚSICA PARA. ATOR 2 SE POSICIONA. OS OUTROS ATORES SAEM)

ATOR 1: E a nossa corrente de histórias continua. Vamos navegar por essas águas maravilhosas. Agora... Vocês já imaginaram o que é ficar sem água? Sem água para beber, para tomar banho, para cozinhar... Uma coisa terrível, não é? E é por isso que não podemos desperdiçar água. Que temos que preservar os rios. Sem água fica muito difícil. Foi exatamente isso que aconteceu lá na floresta. E essa história se chama:

O BICHO FOLHARAL

Pois houve uma seca muito grande na floresta. Não restou nem um riozinho, nem um laguinho com água. O chão estava tão seco que rachava. Uma tristeza! A onça ficou furiosa e quis saber:

(ATOR 1 SAI. ENTRA ATRIZ 1 COM UM ADEREÇO QUE REPRESENTA A ONÇA)

ONÇA: (FURIOSA) Quem foi que desperdiçou água? Quem foi que fez isso?

(OS MÚSICOS E OS ATORES RESTANTES RESPONDEM VÁRIAS VEZES: EU NÃO!)

ONÇA: Ah... É assim, né? Ninguém desperdiçou! A água sumiu sozinha, né? Temos que resolver isso. Vamos ter que cavar um grande buraco para fazer uma fonte. Só assim vamos ter água. Quem vai ajudar?

(OS MÚSICOS E OS ATORES RESTANTES VÃO DIZENDO NOMES DE BICHOS. ATÉ QUE TODOS PERGUNTAM: E O MACACO? – A MÚSICA COMEÇA - ENTRA O ATOR 2 COM UMA MÁSCARA QUE REPRESENTA O MACACO)

MÚSICA: PANCANTIN! PANCANTAN!

MACACO:    Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Eu gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Canto pra vida alegrar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Eu gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Canto pra vida alegrar!

(A MÚSICA PARA – A ONÇA SE APROXIMA DO MACACO)

ONÇA: Macaco, a água acabou e temos que fazer uma fonte. Todos os bichos vão ajudar no trabalho. E você?

MACACO: Ih... Isso vai dar muito trabalho... Não quero ajudar, não...

(A MÚSICA COMEÇA - O MACACO CANTA)

MÚSICA: PANCANTIN! PANCANTAN!

MACACO:    Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Só gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Não quero trabalhar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Só gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Não quero trabalhar!

(A MÚSICA PARA)

TODOS: (MENOS O MACACO) Tsc! Tsc! Tsc! Que coisa feia!

MACACO: (FALA RITMADO)  Nem te ligo farinha de trigo!

                                                      Nem te ligo farinha de trigo!

                                                      Nem te ligo farinha de trigo!

                                                      Nem te ligo farinha de trigo!

(A ONÇA E O MACACO SAEM – ENTRA O ATOR 2)

ATOR 1: Ninguém gostou dessa atitude do macaco e foram trabalhar assim mesmo. O macaco cantor tinha razão. Deu um trabalho danado, mas a fonte ficou pronta. E quando a trabalheira terminou a onça chamou todos e bichos e disse:

(VOLTA A ONÇA)

ONÇA: O macaco não quis ajudar no trabalho então não vai poder usar a fonte! Vou chamar meus primos onça para tomarem conta da água. Eles não vão deixar esse malandro aproveitar da nossa fonte! Aquele preguiçoso vai ficar com sede!

(A ONÇA SAI)

ATOR 1: E assim foi. A onça grandona chamou todos os seus primos e mandou tomarem conta da fonte. O macaco ia ficar com sede. E os primos da onça ficaram vigiando as águas. Podia passar tudo quanto era bicho. Menos o macaco. Assim foi dito e assim foi feito. E o malandro estava que não se aguentava.

 

(ENTRA O MACACO)

 

MACACO: Aí, que eu não me aguento!

 

ATOR 1: O macaco estava com sede!

 

MACACO: Aí, que eu tô com sede!

 

ATOR 1: O macaco não tinha água pra fazer comida!

 

MACACO: Aí, que eu tô com fome!

 

ATOR 1: O macaco não tomava banho há três dias!

 

MACACO: Aí, que eu tô fedido!

 

ATOR 1: O macaco estava desesperado!

 

MACACO: Aí, que desespero!

 

ATOR 1: Ele precisava de água! Mas como? Se os primos da onça estavam de sentinela e não deixavam ele passar de jeito nenhum. Até que o macaco teve uma ideia! (PERCURSSÃO DE IDÉIA) Ele se cobriu todo de mel (ENTRA ATRIZ 1, COBRE O MACACO COM UM PANO COR DE MEL E SAI). Ele foi no matagal e rolou nas folhagens secas. (ENTRA ATRIZ 2 COM UMA REDE CHEIA DE FOLHAS. ELA ESTENDE A REDE NO CHÃO E O MACACO ROLA POR CIMA DA REDE) A folhas grudaram e cobriram todo o seu corpo que nem se via o macaco por baixo daquilo tudo. Disfarçado ele foi andando meio capengando para a fonte.

 

 ATOR 1: (ATOR 1 PEGA DOIS ADEREÇOS DE PRIMOS ONÇA – ELE FAZ OS DOIS PERSONAGENS) Um dos primos da onça quando viu aquele bicho estranho comentou com o outro:

 

PRIMO 1:  Primo, que bicho é aquele?

 

PRIMO 2: Não sei, primo! Nunca vi esse bicho!

 

ATOR 1: (COMO NARRADOR) E o macaco sempre capengando começou a cantar com uma voz engraçada:

 

(A MÚSICA COMEÇA – O MACACO CANTA)

 

MÚSICA: O BICHO FOLHARAL

 

MACACO:    Sou bicho folharal!

Sou bicho folharal!

Quem me conhece?

Sou bicho sem igual!

 

Sou bicho folharal!

Sou bicho folharal!

Quem me conhece?

Eu sou especial!

 

(A MÚSICA PARA)

 

PRIMO 1: Bicho folharal? Você já ouviu falar desse bicho, primo?

 

PRIMO 2: Nunca ouvi falar! Bom... Mas pelo menos não é o macaco!

 

(ATRIZ 2 PEGA OS ADEREÇOS DE PRIMO ONÇA E SAI – ATRIZ 1 ENTRA COM UM PANO AZUL QUE ESTENDE NO CHÃO - PERCUSSÃO DE ÁGUA – O MACACO FAZ O QUE O NARRADOR DIZ)

 

ATOR 1: E o macaco disfarçado começou a beber água. Ficou tão empolgado que foi entrando na fonte e se banhando todo. E as águas da fonte foram amolecendo o mel, as folhas foram caindo e num instante o disfarce do macaco tinha desaparecido totalmente. Foi aquela confusão. (ENTRA ATRIZ 2 MANIPULANDO OS ADEREÇOS DE PRIMO ONÇA – PERCUSSÃO CONFUSÃO) Os primos da onça quando viram o espertalhão pularam na água para tentar pegá-lo!

 

PRIMOS: Pega! Pega o macaco! Pega!

 

ATOR 1: Foi uma confusão danada, mas o macaco foi mais rápido e fugiu rapidinho.

 

(O MACACO SAI LEVANDO OS PANOS DO CHÃO - A ONÇA VOLTA)

 

ATOR 1: A onça grandona ficou com muita raiva, mas viu que não tinha jeito:

 

ONÇA: Ah... Macaco danado! Contigo ninguém pode!

 

ATOR 1: Mas depois de tanta confusão... O Macaco parecia arrependido...

 

(MACACO VOLTA)

 

MACACO: Desculpe, dona Onça... Eu juro que vou me comportar...

 

ONÇA: Só acredito vendo! (SAI)

 

ATOR 1: E o macaco ficou tranquilo bebendo água, tomando banho quando tinha vontade e cantando com sua viola:

 

MÚSICA: PANCANTIN! PANCANTAN!

 

MACACO:    Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Eu gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Canto pra vida alegrar!

 

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Eu gosto de cantar!

                        Pan-can-tin! Pan-can-tan!

                        Canto pra vida alegrar!

 

(A MUSICA TERMINA E O MACACO SAI)

 

ATOR 1: Tudo ficou bem na floresta. Mas... Como o macaco é muito levado com certeza ia aprontar de novo. E acabou a história!

 

(A MÚSICA COMEÇA – TODOS ENTRAM EM CENA)

 

MÚSICA: A CANOA VIROU (POPULAR)

 

TODOS:        A canoa virou. Vou deixar ela virar

                        Foi por causa da Maria que não soube remar.

                        A canoa virou. Vou deixar ela virar

                        Foi por causa da Maria que não soube remar.

 

                        A se eu fosse um peixinho e soubesse nadar

                        Eu tirava a Maria lá do fundo do mar.

                        A se eu fosse um peixinho e soubesse nadar

                        Eu tirava a Maria lá do fundo do mar

 

 

(A MÚSICA PARA - A ATRIZ 1 SE POSICIONA – OS OUTROS ATORES SAEM DE CENA)

 

ATRIZ 1: E a corrente de histórias segue seu caminho. Um caminho que deveria ser por águas claras. Mas vocês sabem que, infelizmente, nem sempre é assim. Muitas pessoas sujam as águas jogando lixo e esgoto. É muito triste. Não devemos fazer isso. É ruim para todo mundo. Por isso, nós vamos contar essa história para vocês: BARBA DE FOGO! Uma história de assombração... (PERCUSSÃO MACABRA) O Barba de Fogo é um homem encantado, de barba e cabelos vermelhos. (ENTRA O ATOR 2 COM UMA MÁSCARA QUE REPRESENTA O BARBA DE FOGO – ELE FAZ BARULHOS E SE MOVIMENTA DE MANEIRA ESTRANHA) É alto, forte e muito branco. Diz que ele vive numa lagoa lá no Piauí. Na verdade... Ele não faz mal a ninguém...

 

BARBA DE FOGO: Ah!

 

MÚSICOS: (DESPREZANDO) AH!

 

BARBA DE FOGO: Hum! Magoei...

 

(BARBA DE FOGO SAI – ENTRA A ATRIZ 1 E ENTREGA UM BONECO AO ATOR 1 – O BONECO REPRESENTA UM BEBÊ)

 

ATOR 1: A história conta que ele caiu na lagoa quando nasceu. A lagoa era bem poluída. Esse pessoal não aprende! Não sabem que não podemos sujar as águas? Ele estava se afogando quando apareceu uma sereia...

 

(A MÚSICA COMEÇA – OS MÚSICOS E O ATOR 1 CANTAM - ATOR 2 ENTRA COM UM ADEREÇO REPRESENTANDO A SEREIA)

 

MÚSICA: SEREIA (POPULAR)

 

JUNTOS:      Eu morava na areia, sereia.

                        Me mudei para o sertão, sereia.

                        Aprendi a namorar, sereia.

                        Com um aperto de mão, ô sereia!

 

                        Eu morava na areia, sereia.

                        Me mudei para o sertão, sereia.

                        Aprendi a namorar, sereia.

                        Com um aperto de mão, ô sereia!

 

(A MÚSICA TERMINA – A SEREIA PEGA O BONECO DO BEBÊ DAS MÃOS DO ATOR 1)

 

SEREIA: Ô, meu bebê, que pena! Coitadinho! E vou cuidar de você! Vai ser meu filho! Vai viver nas águas da lagoa!

 

(A SEREIA SAI)

 

ATOR 1: E foi exatamente o que aconteceu. A sereia cuidou do pequeno. Mas como caiu na água suja virou assombração. Mesmo assim cresceu e se fez moço forte e bonito. Como eu já disse, ele não faz mal a ninguém, mas quem o vê de perto fica com medo. Ele fica se banhando na beira da lagoa. Passa quase o tempo todo coberto de água. Na água onde as lavadeiras lavam suas roupas...

 

(A MÚSICA COMEÇA TODOS CANTAM – ENTRA A ATRIZ COM ADEREÇOS QUE REPRESENTAM AS LAVADEIRAS)

 

MÚSICA: LAVADEIRA (POPULAR)

 

JUNTOS:      Lá na beira da lagoa

                        Todo mundo faz assim...

                        Lá na beira da lagoa

                        Todo mundo faz assim...

 

                        A lavadeira faz assim...

                        Assim... Assim...

                        A lavadeira faz assim...

                        Assim... Assim...

 

                        Lá na beira da lagoa

                        Todo mundo faz assim...

                        Lá na beira da lagoa

                        Todo mundo faz assim...

 

(A MÚSICA TERMINA – AS LAVADEIRAS SE POSICIONAM)

 

ATOR 1: E enquanto as lavadeiras fazem o seu trabalho o Barba de Fogo aparece. (ENTRA O BARBA DE FOGO MEIO SE ESCONDENDO) As lavadeiras olham aquele moço bonito e começam a fazer um monte de pergunta de longe:

 

LAVADEIRA 1 : Moço bonito da barba vermelha quem é você?

 

LAVADEIRA 2: Moço bonito da barba vermelha quer que eu lave sua roupa?

 

LAVADEIRA 1: Quer que eu faça sua comida?

 

LAVADEIRA 2: Quer namorar comigo?

 

ATOR 1: Mas ele não responde nada. As mulheres ficam curiosas e se aproximam do Barba de Fogo. (AS LAVADEIRAS SE APROXIMAM) Nesse momento ele se mostra encantado. (O BARBA DE FOGO CRESCE) Sai da água e sua barba começa a pegar fogo. (AS LAVADEIRAS GRITAM E SAEM DE CENA) Na verdade o Barba de Fogo corre atrás das moças para beijá-las e abraçá-las. Ele só quer um beijo. É um carente.

 

BARBA DE FOGO: Hum... Magoei (SAI)

 

ATOR 1: Mas quem quer um beijo desses? Por causa disso que nenhuma mulher vai lavar a roupa sozinha naquele lado da lagoa. Até que surgiu uma moça bonita. (ENTRA A ATRIZ 1 COM UMA PERUCA BEM TEATRAL) Seu nome era Madalena!

 

(A MÚSICA COMEÇA – OS MÚSICOS E O ATOR 1 CANTAM)

 

MÚSICA: CHEGOU MADALENA!

 

JUNTOS:      Madalena chegou, chegou, chegou...

                        Chegou, Madalena!

                        Madalena chegou, chegou, chegou...

                        Chegou, Madalena!

 

                        Olha como ela dança! Chegou, Madalena!

                        Olha como é faceira! Chegou, Madalena!

                        Olha como encanta! Chegou, Madalena!

                        Só pra gente sonhar! Chegou, Madalena!

 

                         Madalena chegou, chegou, chegou...

                        Chegou, Madalena!

                        Madalena chegou, chegou, chegou...

                        Chegou, Madalena!

 

(A MÚSICA PARA)

 

ATOR 1: Era uma moça bonita que se encantou com a beleza do rapaz encantado. E enfiou na cabeça que iria acabar com aquela magia para poder namorar ele. Madalena foi procurar a sereia para ver se ela podia ajudar. (SAI)

 

(A MÚSICA COMEÇA – MADALENA CANTA - ATOR 2 ENTRA COM UM ADEREÇO REPRESENTANDO A SEREIA)

 

MÚSICA: SEREIA (POPULAR)

 

MADALENA:          Eu morava na areia, sereia.

                                   Me mudei para o sertão, sereia.

                                   Quero muito namorar, sereia.

                                   Vem me ajudar, ô sereia!

 

                                   Eu morava na areia, sereia.

                                   Me mudei para o sertão, sereia.

                                   Quero muito namorar, sereia.

                                   Vem me ajudar, ô sereia!

 

(A MÚSICA PARA)

 

SEREIA: O que eu posso ajudar?

 

MADALENA: Quero namorar o Barba de Fogo. Mas com aquela barba em chamas não dá! Não tem um jeito de quebrar esse encanto?

 

SEREIA: Olha, menina, se você quer mesmo namorar o meu filho tem um jeito de quebrar o encanto. Mas você tem que ter muita vontade e muito amor.

 

MADALENA: Eu tenho!

 

SEREIA: Então você tem que ir a uma fonte. A fonte da água mais limpa e cristalina. Vai colocar num vidrinho um pouco dessa água. Depois vai precisar de muita coragem pra voltar aqui e derramar algumas gotas dessa água na cabeça. Se fizer isso o encanto se acaba. Entendeu?

 

(A MÚSICA COMEÇA – OS MÚSICOS CANTAM - A SEREIA SAI)

 

MÚSICA: SEREIA (POPULAR)

 

MÚSICOS:    Eu morava na areia, sereia.

                        Me mudei para o sertão, sereia.

                        Aprendi a namorar, sereia.

                        Com um aperto de mão, ô sereia!

 

(A MÚSICA PARA – ENTRA O ATOR 1 – COMEÇA UMA DELICADA MÚSICA INSTRUMENTAL DE FUNDO – MADALENA FAZ O QUE O ATOR 1 DIZ)

 

ATOR 1: Madalena entendeu direitinho. Foi andando até a fonte da água mais cristalina. Teve que andar muito. Muito mesmo. Andou bastante. Até que chegou na fonte e colheu um pouco da água (PERCUSSÃO DELICADA). Depois voltou para lagoa e começou a chamar:

 

MADALENA: Barba de Fogo! Ei!  Moço bonito! Vem aqui!

 

(ENTRA O BARBA DE FOGO – VOLTA A DELICADA MÚSICA INSTRUMENTAL DE FUNDO – BARBA DE FOGO E MADALENA FAZEM O QUE É DITO NO TEXTO)

 

ATOR 1: Madalena sentia muito medo, mas estava com o vidrinho preparado para jogar a água bem na cabeça do moço. Ele foi se aproximando... se aproximando... até que ficou bem do lado da Madalena. Ela jogou a água na cabeça do moço e... Aconteceu! (O BARBA DE FOGO TIRA A MÁSCARA) O moço se desencantou e virou moço bonito! E os dois namoraram e foram muito felizes!

 

(A MÚSICA COMEÇA - ENTRAM TODOS OS ATORES CANTANDO E DANÇANDO)

 

MÚSICA: O VAPOR (POPULAR)

 

TODOS: O vapor da cachoeira não navega mais pro mar

Levanta a roda, toca o fuso, nós queremos é navegar.

Ai... Ai... Ai... Nós queremos é navegar.

Ai... Ai... Ai... Nós queremos é navegar.

 

O vapor da cachoeira não navega mais pro mar

Levanta a roda, toca o fuso, nós queremos é navegar.

Ai... Ai... Ai... Nós queremos é navegar.

Ai... Ai... Ai... Nós queremos é navegar.

 

(A MÚSICA PARA – OS ATORES SAEM E O ATOR 1 SE POSICIONA)

 

ATRIZ 1: E as águas nos trazem magia e poesia. Nossa corrente foi seguindo... Foi seguindo... Foi seguindo... E as águas nos levaram a nossa última história. Uma história de magia e encantamento: O FILHO DO PESCADOR. Uma história nas ondeas do mar:

 

(A MÚSICA COMEÇA – OS ATORES CANTAM E REALIZAÇÃO UMA COREOGRAFIA)

 

MÚSICA: LÁ NO MEIO DO MAR (CANCIONEIRO POPULAR)

 

TODOS:        ZUM… ZUM… ZUM…

                        Lá no meio do mar…

                        ZUM… ZUM… ZUM…

                        Lá no meio do mar…

 

                        É o vento que nos atalha

                        É o sol que nos atrapalha

                        Para no porto chegar…

 

                        ZUM… ZUM… ZUM…

                        Lá no meio do mar…

                        ZUM… ZUM… ZUM…

                        Lá no meio do mar…

 

(A MÚSICA PARA – O ATOR 1 SE POSICIONA – O ATOR 2 FAZ O POESCADOR E PEGA UM ADEREÇO QUE VAI REPRESENTAR O FILHO)

 

ATOR 1: Era uma vez um pescador muito pobre. Um dia que não tinha nada para dar de comer aos filhos, disse para a mulher que ia ao mar ver se pescava alguma coisa. Levou o filho caçula, que era um rapazinho muito trabalhador, para ajudar. Chegou lá e lançou a rede uma... duas... três vezes, mas não conseguiu pescar nada.

 

PESCADOR: Tá difícil! Tá muito difícil!

 

ATOR 1: De repente, do nada, surgiu um navio muito rico.

 

(ATRIZ PEGA UM ADEREÇO REPRESENTANDO UM BARCO E MANIPULA)

 

ATOR 1: Da embarcação veio uma bela voz de mulher que dizia assim:

 

ATRIZ: Pescador, dê para mim esse rapazinho que está aí?

 

PESCADOR: Não posso! O rapaz é da mãe!

 

ATRIZ: Pois então volte para casa e diga para sua mulher me dar o menino. Se você fizer assim eu encho seu barco de ouro.

 

(ATRIZ SAI)

 

ATOR 1: O pescador voltou e disse para a mulher:

 

PESCADOR: Mulher, não trouxe peixe nenhum, mas encontrei lá um navio muito rico, e ouvi lá uma voz de mulher de dentro do navio, pedindo nosso menino. Se eu desse nosso filho, ela enchia meu barco de dinheiro. E então mulher, o que eu faço?

 

(ATOR 1 PEGA UM ADEREÇO QUE REPRESENTA A MULHER E MANIPULA)

 

MULHER: Estamos passando necessidade. Quem sabe, lá no barco, o nosso menino não encontre melhor sorte. E ainda por cima pode nos ajudar. Pois então, dê o nosso filho!

 

ATOR 1: O pescador foi para o mar com o filho outra vez. Lá encontrou o navio no mesmo lugar. Tornou a jogar a rede como da outra vez e não tirou nada do mar. Depois ouviu outra vez a voz de mulher que vinha de dentro do navio:

 

(ATRIZ VOLTA COM O ADEREÇO REPRESENTANDO UM BARCO E MANIPULA)

 

ATRIZ: Pescador, dê para mim esse rapazinho, que encho seu barco de dinheiro !

 

PESCADOR: Dou!

 

ATRIZ: Pois então, chegue perto do navio!

 

(ATOR 2 COLOCA O ADEREÇO DO RAPAZ NO BARCO)

 

ATOR 1: O pescador assim fez. A voz pediu para o rapaz subir no navio. Apenas o menino subiu a bordo, começou logo a cair dinheiro no barco do pescador.

 

(O ATOR 1 ENTREGA ADEREÇOS REPRESENTANDO OURO PARA O ATOR 2 – ESSA MOVIMENTAÇÃO DEVE SER ACOMPANHADA DE PERCUSSÃO)

 

PESCADOR: Chega! É muito ouro! Assim meu barco vai afundar!

 

ATOR 1: O ouro parou de cair. O navio foi embora com o rapaz e o barco do pescador voltou para terra.

 

(A MUSICA COMEÇA – OS ATORES CANTAM E REALIZAM UMA COREOGRAFIA)

 

MÚSICA: ESTRELINHA DO NORTE (CANCIONEIRO POPULAR)

 

TODOS:  Ó estrelinha do norte

Agulha de marear!

Eu com ela me governo,

Quando te quero falar.

 

Adeus, estrela do norte,

Agulha de marear,

Hás-de ser a minha guia,

Quando no mar eu andar.

 

(A MÚSICA TERMINA – OS ATORES SE POSICIONAM)

 

ATOR 1: Quando o navio chegou num porto, o menino ouviu a voz dizer:

 

ATRIZ: Salte nesse porto!

 

ATOR 1: O rapaz foi para terra e viu uma carruagem muito rica, puxada por seis cavalos. E ouviu a voz dizer:

 

(ATOR 2 PEGA UM ADEREÇO QUE REPRESENTA A CARRUAGEM – ELE MANIPULA A CARROAGEM E O BONECO DO RAPAZ)

 

ATRIZ: Entre nessa carruagem!

 

ATOR 1: O rapaz assim fez. E a carruagem levou o menino até uma praia linda onde tinha um palácio muito rico. O filho do pescador entrou no castelo por uma porta de ouro. Mas depois que ele estava lá dentro, a entrada sumiu e o menino não encontrou nenhuma porta para sair.

 

(ATRIZ PEGA UM PANO QUE VAI REPRESENTAR A MESA)

 

ATOR 1: Ele foi até um salão onde tinha uma grande mesa cheia de comida. Ele comeu bastante.

 

ATRIZ: Quando a noite chegou, ficou tudo escuro. Não tinha luz no castelo. Apesar dos vários candelabros, a escuridão tomava conta de tudo porque não tinha uma vela se quer para ser acesa. E o tempo passou...

 

(A MUSICA COMEÇA – OS ATORES CANTAM E REALIZAM UMA COREOGRAFIA)

 

MÚSICA : TEMPO

TODOS: Passa o tempo! Passará!

O relógio a girar.

Passa o dia. Passa a noite.

Tudo sempre vai passar.

 

Passa o tempo! Passará!

Os ponteiros a rodar.

Passa o vento. Passa a chuva.

Tudo sempre vai passar.

 

(A MÚSICA TERMINA – OS ATORES SE POSICIONAM)

 

ATOR 1: Assim ficou o rapaz por um ano: a mesa sempre farta, a escuridão da noite e a solidão. E o tempo passou lentamente. Até que um dia ele ouviu novamente a voz que disse:

 

ATRIZ: O que você acha desse palácio?

 

ATOR 2: (COMO O RAPAZ) Acho bonito! Não me falta nem comer, nem beber. Só fico triste porque vivo sozinho, não tem luz e nem sei quem fala comigo!

 

ATRIZ: Dentro desse palácio existem três quartos secretos! Um tem roupas, outro tem um grande tesouro e no último ninguém pode entrar! Entre no quarto das roupas e escolha a que mais agradar!

 

(OS ATORES FAZEM O QUE É DITO E VESTEM O ADEREÇO)

 

ATOR 1: O rapaz correu pelo palácio e encontrou os quartos. Um deles estava repleto de riquezas, o outro cheio das roupas mais finas e o último tinha a porta trancada. Ele voltou ao quarto das roupas e escolheu uma roupa de rei. O rapaz escolheu também uma bela espada. Depois voltou e disse:

 

RAPAZ: Tenho agora comida e roupas dignas de um rei! Mas ainda não sei de quem é a voz que fala comigo!

 

ATRIZ: Sou uma princesa que está prisioneira! E só um guerreiro valoroso poderá me libertar!

 

RAPAZ: Não sou guerreiro! Mas vou libertar você de qualquer prisão!

 

ATRIZ: Estou presa no fundo do mar dentro de uma grande concha protegida por uma serpente marinha! Para me libertar você tem que entrar no terceiro quarto!

 

RAPAZ: A porta está trancada! Como faço para entrar no terceiro quarto?

 

ATRIZ: Espere nascer o dia! Nas primeiras horas da manhã, você deve ir a praia e pegar um pouco de água do mar. Volte ao castelo e derrame a água do mar na fechadura da porta, mas só de noite! Com isso a porta vai abrir e você saberá como me libertar!

 

RAPAZ: Assim farei!

 

(OS ATORES FAZEM O QUE É DITO COM ADEREÇOS)

 

ATOR 1: Assim foi. Assim foi feito. O rapaz esperou amanhecer o dia e foi na praia pegar um pouco de água do mar. Voltou ao castelo e ficou sentado em frente à porta do terceiro quarto esperando a noite chegar. Quando o sol foi embora, o rapaz derramou a água na fechadura da porta e ela se abriu. O rapaz entrou no quarto. Lá dentro uma vela acendeu e depois outra e outra e mais outra. Várias velas acenderam suspensas no ar. No meio do quarto tinha uma mesa com uma toalha branca. Em cima da mesa uma esponja, uma rede de pesca e uma espinha grande de peixe. O rapaz ouviu novamente a bela voz de mulher falar:

 

ATRIZ: Pegue a esponja, a rede e a espinha! Amanhã bem cedo vá até a praia e jogue a esponja na água. A esponja vai leva-lo até o fundo do mar. Lá você encontrará a concha que é protegida por uma serpente marinha. Se a serpente estiver de olhos fechados ela está acordada. Se tiver de olhos abertos, ela está dormindo! Jogue a rede na serpente e depois bata com a espinha na concha!

 

ATOR 1: O rapaz fez exatamente o que a voz mandou. Pegou a esponja, a rede e a espinha e esperou amanhecer o dia. De manhã foi a praia e jogou a esponja no mar. A esponja cresceu.

 

ATRIZ: O rapaz entrou na esponja que o levou para o fundo do mar. Chegando lá, o rapaz viu a concha com a serpente marinha.

 

ATOR 2: A serpente tinha os olhos abertos então, estava dormindo. O rapaz jogou a rede sobre a serpente e depois cortou sua cabeça com a espada para acabar com todo o mal.

 

ATOR 1: Ele bateu na concha com a espinha de peixe e a concha se abriu.

 

ATRIZ: Lá dentro, a Princesa mais linda que se pode imaginar.

 

ATOR 2: O rapaz colocou a princesa dentro da esponja e os dois voltaram para o castelo.

 

ATRIZ: Quando chegaram, já era noite e o castelo estava todo iluminado e cheio de gente: criados, soldados e o povo todo fazendo festa. O rapaz se tornou Rei, casou com a princesa e os dois governaram com muita sabedoria vivendo felizes por muitos e muitos anos.

 

ATOR 1: E assim terminam nossas histórias!

 

ATRIZ: Sempre com um final feliz!

 

ATOR 2: Mas pra gente ser realmente feliz...

 

ATOR 1: Tem que cuidar mais do nosso planeta. Da água que é vida!

 

ATOR 2: Não sujar!

 

ATRIZ: Não desperdiçar!

 

JUNTOS: Vamos todos preservar!

 

(A MÚSICA COMEÇA – TODOS CANTAM E DANÇAM)

 

MÚSICA FINAL

 

TODOS:  A maré sobe, a maré desce...

                Vou na dança da maré.

                A maré sobe, a maré desce...

                Vou na dança da maré.

               Águas são palavras

               De um poeta a sonhar...

               As palavras não têm volta!

               Não tem como segurar!

 

               Tudo passa bem depressa...

              O mundo sempre a girar!

              A corrente não retorna!

               Vai a procura do mar!

               A maré sobe, a maré desce...

              Vou na dança da maré.

              A maré sobe, a maré desce...

             Vou na dança da maré.

FIM

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